quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Eu só precisava do seu amor



Eu parti, mas numa manhã fria de domingo, eu senti a sua falta. Me lembrei das noites em que eu tinha a sua companhia, do seu cuidado. Da voz que fazia cessar o choro e no lugar, trazia esperança. Da sua forma sutil de falar e agir. Eu senti a sua falta, porque eu olhei ao redor e vi que todas as coisas pelas quais eu lutei, nunca foram suficientes pra preencher o vazio dentro de mim. E nunca me ofereceram uma segurança verdadeira. Eu percebi que o atalho no meio do caminho, me custou a minha paz. E tudo o mais que você construiu pra mim. Meus pés falharam na missão de alcançar a linha de chegada. Na qual você me aguardava. O atalho, me fez desviar da rota. E me levou aos lugares que você temia que eu fosse. A princípio não parecia nada mal, afinal, eu ganharia experiência e isso me tornaria mais apta a realizar grandes feitos. Eu teria mais amigos, seria mais conhecida, mais bem vista. E quanto ao que você pensaria, não vinha ao caso. Aquela era a minha vida e na minha mente limitada eu tinha o direito de fazer dela o que eu quisesse. Ignorando suas orientações, seus conselhos e seu amor. Ignorando tudo o que eu deveria ter escrito na tábua do meu coração. Eu prossegui, pelo caminho que não deveria. E te perdi de vista. O mundo lá fora me fascinou, me apeguei a uma alegria momentânea. Mas quando à realidade batia à porta, eu me dava conta, estava dilacerada. Ninguém em quem eu confiava poderia me oferecer alívio. Minha vida não fazia sentido. Cada passo dado na direção errada era um a menos de um abismo sem fim. Eu estava prestes a cair, mas fui alcançada por sua misericórdia. Eu rapidamente reconheci sua sutileza e gentileza. Sua bondade e fidelidade. Você ainda estava ali, e não pretendia sair até que me levasse de volta ao lugar ao qual eu pertencia. Eu procurei por toda parte. Em milhões de coisas, corações vazios e rostos desconhecidos o que só pode ser encontrado em seu amor. E tudo o que eu sempre precisei, foi do seu amor, Senhor.

    “Me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro.”
    Salmos 40:2



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Respire fundo , meu bem


Um dia você acorda e é isso: passou. Não tem mais frio na barriga, não tem incerteza, não tem será que algo mudou?. Não tem coisa alguma além de um espaço quase vazio em que os primeiros pontos começam a se dissolver. Uma cicatriz nova; uma marquinha com um desenho ridículo  memória de algo que acabou e não dói mais. Um negócio para lembrar dos tombos no percurso  e da sensação de se reerguer.

É engraçado como a vida funciona. A gente se acostuma tanto a certas coisas que, às vezes, nem se dá conta de que o comum também machuca. Que os hábitos, por mais recorrentes que sejam, são só rotina  e não algo de extrema necessidade. De quando em quando, é só apego. Uma ligeira afeiçãàquilo que é familiar.

A verdade, no entanto, é que uma hora cansa. Chega um ponto em que a dependência, o vício  nomeie o seu, meu bem  suga tanto que é preciso escolher entre ceder ou colocar um ponto final na história; se dar uma chance de recomeçar.

E quando você se permite... Ah, cê fica tão bem com esse sorriso que quase não dá para acreditar que antes era outra coisa. Que ardia e queimava e que dava vontade de sair por aí aos gritos para ver se alguém notava que algo estava errado. Mas você ficava em silêncio porque achava que ninguém iria entender, que era algo bobo demais para importar. Mas, importa. Importa tanto que, uma hora, isso vai mudar.

A vida segue, meu bem. Respire fundo, vamos lá.



Autor desconhecido

Porque o amor faz coisas que só ele pode.

      Eu costumo dizer que o amor é um caminho. Eu tomei esse caminho numa manhã de domingo. Engoli em seco e pedi desculpas por cada tr...